Parti de São Paulo no sábado pela manha para cumprir a primeira etapa da viajem, um voo solo direto para Rio Branco no Acre, distante aproximadamente 3500 km, o objetivo era cumprir este trecho o mais breve possível. O primeiro dia com estradas tranquila no estado de São Paulo rendeu bastante e consegui fazer 1020 km até a cidade de Jatai no estado de goiás
A partir de Jatai sai com o objetivo de chegar a cidade de Cáceres ja no estado do Mato Grosso, distante aproximadamente 850 km, a primeira parada foi na cidade de Aparecida do Araguaia bem proximo a divisa com o estado do Mato Grosso,a partir dai a coisa começou a ficar interessante, o numero de carretas na estrada aumentava proporcionalmente ao numero de buracos na pista, o trecho até Rondonópolis ja era uma demonstração do que viria pela frente, depois de Rondonopolis a estrada melhora um pouco, porem o numero de carretas continua aumentando, ao chegar a Cuiabá a ideia correta seria pegar o anel viario até a saída para Caceres, que engano terrivel, o anel viario de Cuiabá de acordo com o Guia 4 Rodas é o 7° pior trecho rodoviario do Brasil, buracos que facilmente dariam para enterrar a moto e com muita folga, enquanto estava andando até certo ponto era tranquilo, porem a aproximadamente 7 kilometros do fim do trecho parou tudo, uma fila gigantesca de carretas se formou na pista simples sem condições de realizar ultrapassgens mesmo que na contra-mão, sem muita opção, um calor terrível, o jeito foi tentar trafegar pelo acostamento que mais parecia uma pista de motocross de tantas buracos e lombadas, pensando bem acho que uma pista de motocross seria melhor, vencido o trecho faltava somente 200 km até Caceres, ai foi só alegria, asfalto em ótimas condições, pouco movimento, cabo enrolado e rapidamente atingi o objetivo do dia, a cidade de Caceres no Mato Grosso, linda cidade nas margens do Rio Paraguai, um belo visual do por do sol e uma lua cheia impressionante refletindo sobre o espelho dágua fizeram todo o dia valer a pena.
No terceiro dia de viajem o objetivo era chegar a cidade de Ji-Parana ja no estado de Rondônia, aproximadamente 850 km, achei que seria um dia difícil, porem ja mais habituado a trafegar entre os buracos e carretas consegui desenvolver bem o trecho, somente enfrentando um pouco mais de dificuldade no trecho entre Cacoal e Ji-Parana, que com o perdão do trocadilho esta em cacos, vergonhoso pensar que importantes rodovias necessarias para o escoamento da produção agricola do nosso pais se encontram em estado avançado de destruição e totalmente abandonadas, cheguei a Ji-Parana ainda com o sol alto então aproveitei para rodar um pouco mais chegando a cidade de Jaru/RO, tudo tranquilo exceto pelo preço da gasolina que esta aumentando gradativamente conforme vou me deslocando para o norte no mapa.
Faltando somente 750 km para Rio Branco, passei por Porto Velho capital de Rondonia, após se tem um trecho de 500 km até Rio branco onde não se tem cidades desenvolvidas, fiquei um pouco preocupado com a questão do combustivel, porem fui tranquilizado pelos moradores da região, margeando o rio Madeira na divisa com a Bolivia, asfalto excelente fui tocando forte até a travessia do rio madeira pela balsa, onde se pode avistar o território boliviano, entre chuvas e sol continuei em um ritmo tranquilo até Rio Branco/AC, finalizando esta primeira etapa da viajem. Ja instalado na cidade de Rio Branco/AC fiz amizade com o Silvestre, representante comercial da região e com Juan e seu primo peruanos de ferias no Brasil, que nos presenteou com um belo litro de Black Label que sem delongas foi degustado até a ultima gota junto com muitas risadas e histórias.
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Rio Paragui em Caceres/MT |
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Travessia de balsa pelo Rio Madeira |
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Chuvas passageiras ao longo do trecho entre Porto Velho e Rio Branco |
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Bolivianos nos lembrando que o território é deles. |
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Muchas Gracias Juan. |
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O Coitado do black vazio. |
Putz... que viagem massa...
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