sábado, 10 de março de 2012

7° dia - Escalada do Vulcão Vilarica

          Acordo assustado por volta das 5 da manha, perdi a hora, saio correndo pela rua até a agência de viagens, porem eles já tinham ido, volto ao hotel pego a moto como estava, de bermuda e uma blusa fina e saio em disparada rumo a estrada do vulcão para ver se alcanço o grupo, ando por uns 5 km na estrada do vulcão e nada do grupo, volto desolado, porem não estava tudo perdido, pois a agencia tambem tem uma saída para o vulcão as seis e meia da manha, esperei um pouco na porta da agencia e apareceu o rapaz com a van que tinha levado o grupo, ele me disse que chamaram, buzinaram e nada de eu aparecer então se foram, mas era para eu esperar que eles iriam me encaixar no grupo da 6 e meia.
          Partimos as 7 horas para o vulcão, chegando la me encontro com o Renzo, o mexicano, que tinha desistido da subida por não ter folego, ele fuma bastante, foi até a primeira parada e voltou, nos despedimos e ele seguiu seu rumo de volta a Santiago.
          Para começar a subida temos a opção de tomar um teleférico até uma parte um pouco mais acima, e por indicação do Renzo optei por ir pelo teleférico, porem ele havia me dito que estava incluído no valor do passeio. Na chegada ao teleférico o guia veio me pedindo o dinheiro do transporte, mas havia deixado minha carteira no carro que nos trouxe e este estava longe para buscar pois ja tinhamos andado um bom pedaço para chegar ali. Por sorte havia conhecido um alemão na van transporte, ele estava carregando um paraglider para voar por sobre o vulcão e me emprestou o dinheiro do teleférico.
          Vamos a escalada, o guia disse que seriam por volta de 4 horas de subida com paradas para descanso a cada 25 ou 30 minutos, e assim se foi, no começo estava indo bem, porem na segunda parada onde ia começar a parte de neve começei a ficar cansado, são muitas as pessoas que sobem ao vulcão todos os dias com varias agencias diferentes, neste momento de começar a escalada na parte de neve todos vestem os grampões que são tipo uma ferradura para fixar o pé no gelo, questionamos o guia porque não estavamos vestindo e ele nos disse que não era necessário e assim se foi, os únicos sem os grampões.
          Minha primeira vez na neve e logo escalando um vulcão, quando a neve estava mole se subia numa boa, porem quando estava bem congelada e compactada ficava bem liso e se escorregar por ali vai saber onde se para.
          A subida ia ficando cada vez mais ingrime e o medo de escorregar la de cima ia aumentando, na ultima perna para chegar ao topo ja não aguentava mais andar, quase não consegui chegar, mas depois de 4 horas de caminhada chegamos ao topo do vulcão, que vista espetacular, o céu azul dava pra enxergar muito longe e a boca do vulcão, de vez em quando fazia um barulho como um trovão e espirrava lava para todo lado.
          A descida foi mais tranquila, porem tambem cansativa, o legal é que nas partes de neve se desce fazendo um Ski bunda, porem como esta época não tem muita neve tivemos que caminhar pelo menos mais uma hora para chegar a base do vulcão.
          A agência de turismo nos tras de volta até sua base e na chegada estava o alemão do paraglider me esperando para receber o dinheiro que havia me emprestado, paguei e agradeci muito, pois se não tivesse pego o teleférico no inicio acredito que não chegaria no topo, pois realmente cheguei exausto, me admirou a disposição do alemão que escalou até o topo com a mochila do paraglider nas costas.
          De volta ao hostel sem coragem nem para sair a comer, pois para quem não está acostumado a caminhadas desta natureza é muito cansativo, afinal são quase 5 quilômetros de caminhada até o topo.
       

Vulcão Vilarica

Segunda parte da subida, agora toda em neve.
O alemão chegou ao topo e se foi em seu paraglider

Boca do vulcão.

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