quarta-feira, 13 de março de 2013

Lima a Calama

Iniciando a terceira parte da trip,  parti rumo ao Atacama, agora com o minimo de bagagem possível, algumas roupas no bau, capa de chuva, algumas ferramentas e sobressalentes no saco estanque.
Como sai de Lima ja proximo as 10 da manha, fiz uma perna curta até a cidade de Nazca onde pude conhecer a torre de observação das linhas, se o sobrevoo ja é meio descepcionante a torre é melhor nem comentar, mas valeu como experiencia.
No dia seguinte segui pela rodovia Panamericana, agora por um trecho que eu ainda não havia percorrido, que espetáculo de estrada, vai margeando o litoral peruano, subindo e descendo por encostas desérticas, do lado direito a imensidão do Oceano Pacifico e do lado esquerdo a imponência do deserto que forma paredões de dar medo, tudo tranquilo até que após uma descida e uma curva tudo parado, a estrada estava bloqueada por um rio que tomava a pista por aproximadamente 30 mts, após uma breve pausa para tomar coragem e um pouco de observação dos outros veículos que atravessam resolvi passar, engatei uma primeira acelerei forte e fui, na parte mais funda a água chegou ao meio do motor da moto, a correnteza forte puxava a moto, se caísse ali o prejuízo ia ser grande, sem pestanejar continuei acelerando e sai do outro lado, tudo tranquilo, exceto pela minha bota esquerda que encheu d'agua até a boca, com a meia amarrada na bagagem secando e o pé dentro da bota molhada me empolguei com a estrada e o destino final que seria a cidade de Arequipa se tornou a cidade de Tacna ja na divisa com o Chile.
Com o roteiro adiantado acordei tranquilo no meu ultimo dia no Peru, demorei a sair da cidade, ensinei até português para o recepcionista do hotel, Richard, um saxosofonista que gosta muito do Brasil, uma otima conversa somente para confirmar o que ja vinha pensando a respeito do Peru, um excelente pais muito acolhedor com pessoas as vezes sofridas mais sempre dispostas a ajudar da melhor forma possivel. Obrigado Peru pelos proveitosos dias que tive a oportunidade de desfrutar em suas terras.
Realizados os tramites na organizada fronteira Peru-Chile, passei pela cidade de Arica onde enchi o tanque da moto até a boca e ainda peguei uma garrafa de 2 litros de gasolina, visto que o trecho até Iquique de 320 kms não tem pontos de abastecimento, segui pela Panamericana ainda com destino incerto, minha primeira opção era chegar até Calama ja proximo a San Pedro de Atacama, porem a Panamericana neste trecho está em obra, com varios trechos onde se tem que esperar para passar, e os chilenos gostam de interromper grandes trechos da rodovia e por muito tempo, as vezes por 15 minutos ou mais, com Calama ficando cada vez mais distante minha opção seria a cidade de Iquique, porem quando cheguei no trevo de Iquique o sol ainda estava alto, resolvi aproveitar o resto da tarde e toquei para Calama, só não contava que haveriam mais obras e que por aqui quando estão reformando a rodovia eles fecham a rodovia e fazem um desvio do lado da pista, acabei pegando dois desses desvios, um de mais de 20 kms e outro de mais de 30 kms, como se passam muitos caminhões e chove muito pouco a estrada de terra acaba ficando bem compactada e em alguns trechos se parece até com asfalto, permitindo desenvolver boas velocidades e após um dia bem proveitoso ja com o sol se pondo no horizonte finalmente cheguei a cidade de Calama, onde me instalei num Hostel extremanente caro para suas acomodações, ja me dando boas vindas aos preços altos que se praticam no Chile.
Amanha parto com destino a San Pedro de Atacama, somente mais 100 kms.
Torre de observação das Linhas de Nazca


Litoral Peruano

Após a trevessia do rio, a bota encheu dágua
Após
Ja no fim da tarde chegando a cidade de Tacna

Gracias Peru 


Escultura "Presenças Tutelares" proximo a Arica no Chile

Abastecendo a moto


Final de tarde proximo a Calama.

Nenhum comentário:

Postar um comentário